Quaresma: pano roxo e Santa Verônica
É COSTUME MUITO antigo e piedoso na Igreja que, a partir do quinto
Domingo da Quaresma, – também chamado de Primeiro Domingo da Paixão (que
é o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor), – cobrir com panos roxos
as cruzes, quadros e imagens sacras. As cruzes permanecem cobertas até o
final da Liturgia da Sexta-feira Santa, os quadros e demais imagens até
a celebração do Sábado Santo ou de Aleluia, a noite que antecede o
Domingo da Páscoa da Ressurreição do Senhor.
Domingo da Quaresma, – também chamado de Primeiro Domingo da Paixão (que
é o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor), – cobrir com panos roxos
as cruzes, quadros e imagens sacras. As cruzes permanecem cobertas até o
final da Liturgia da Sexta-feira Santa, os quadros e demais imagens até
a celebração do Sábado Santo ou de Aleluia, a noite que antecede o
Domingo da Páscoa da Ressurreição do Senhor.
O sentido profundo de se cobrir as imagens sacras fundamenta-se no luto
pelo sofrimento do Cristo, levando os fiéis a refletir, ao contemplar os
objetos sagrados cobertos com a cor roxa, que simboliza a dor, o
recolhimento e a penitência. O ápice do despojamento ocorre após a Missa
da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa, quando retiram-se as toalhas
do Altar. A cruz coberta lembra-nos a humilhação de Nosso Senhor, que
precisou ocultar-se para não ser apedrejado pelos judeus, como nos
relata o Evangelho segundo S. João (10, 31-32.39-40)
pelo sofrimento do Cristo, levando os fiéis a refletir, ao contemplar os
objetos sagrados cobertos com a cor roxa, que simboliza a dor, o
recolhimento e a penitência. O ápice do despojamento ocorre após a Missa
da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa, quando retiram-se as toalhas
do Altar. A cruz coberta lembra-nos a humilhação de Nosso Senhor, que
precisou ocultar-se para não ser apedrejado pelos judeus, como nos
relata o Evangelho segundo S. João (10, 31-32.39-40)
O cântico de Verônica durante a Procissão do "Senhor Morto" –Verônica,
segundo tradição antiquíssima, enxugou o rosto de Cristo a caminho do
Calvário, e a imagem da Sagrada Face ficou gravada no véu. Este episódio
não consta das Sagradas Escrituras canônicas, mas já era contado nas
comunidades primitivas da Igreja, tan to que o nome de Verônica é
mencionado no livro apócrifo “Atos de Pilatos”, do século VI, no
capítulo VII, sendo associada à mulher curada de hemorragia por Jesus
(cf. Lucas 8,43-48).
Na procissão da Sexta-feira Santa, Verônica canta a Lamentação: “Ó, vós
todos que passais pelo caminho, parai e vede se há dor igual à minha
dor.” Ressalta a dor do Cristo que padece pela humanidade. Note-se que
nos tempos antigos eram comuns os cânticos de lamentação nos velórios,
conforme o testemunho dos evangelistas S. Marcos e S. Mateus:
todos que passais pelo caminho, parai e vede se há dor igual à minha
dor.” Ressalta a dor do Cristo que padece pela humanidade. Note-se que
nos tempos antigos eram comuns os cânticos de lamentação nos velórios,
conforme o testemunho dos evangelistas S. Marcos e S. Mateus:
“Ao
chegar à casa do chefe da sinagoga, viu o alvoroço e os que estavam
chorando e fazendo grandes lamentações. Entrou e disse-lhes: 'Por que
todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu. Ela está
dormindo!'” (Mc 5,38-39)
“Chegando
à casa do chefe da sinagoga, viu Jesus os tocadores de flauta e uma
multidão alvoroçada. Disse-lhes:Retirai-vos, porque a menina não está
morta; ela dorme. Eles, porém, zombavam dele.” (Mt 9,23-24).
Antes da reforma litúrgica do Conc. Vaticano II, era obrigatório cobrir
com véus roxos todas as cruzes e imagens expostas ao culto nas igrejas.
No Missal Romano de S. Pio V, terminada a Missa do Sábado, que precedia o
Domingo da Paixão (atual V Domingo da Quaresma), vinha esta rubrica:
Vê-se que era um costume ligado às duas últimas semanas da Quaresma,
através do qual se desejava centrar a atenção dos fiéis no Mistério da
Paixão do Senhor. Tudo o que pudesse desviá-la, como eram as imagens dos
Santos, cobria-se. De onde vinha este costume? Provavelmente dos finais
do primeiro milênio da era cristã, ou inícios do segundo.
com véus roxos todas as cruzes e imagens expostas ao culto nas igrejas.
No Missal Romano de S. Pio V, terminada a Missa do Sábado, que precedia o
Domingo da Paixão (atual V Domingo da Quaresma), vinha esta rubrica:
“Antes
das Vésperas, cobrem-se as Cruzes e Imagens que haja na igreja. As
Cruzes permanecem cobertas até ao fim da adoração da Cruz, na
Sexta-Feira Santa, e as Imagens até ao Hino dos Anjos (Glória a Deus nas
Alturas) no Sábado Santo”.
Vê-se que era um costume ligado às duas últimas semanas da Quaresma,
através do qual se desejava centrar a atenção dos fiéis no Mistério da
Paixão do Senhor. Tudo o que pudesse desviá-la, como eram as imagens dos
Santos, cobria-se. De onde vinha este costume? Provavelmente dos finais
do primeiro milênio da era cristã, ou inícios do segundo.
As normas litúrgicas atuais, segundo rubrica do Missal Romano de Paulo
VI, diz que depois da Missa do Sábado anterior ao V Domingo da Quaresma:
VI, diz que depois da Missa do Sábado anterior ao V Domingo da Quaresma:
“O
costume de cobrir as cruzes e as imagens das igrejas pode conservar-se,
conforme o parecer da Conferência Episcopal. As cruzes permanecem
cobertas até ao fim da celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-‑Feira
Santa; as imagens, até ao começo da Vigília Pascal (cf. Missal Romano
atual [Ed. do Altar], p. 206)
Como podemos constatar consultando o Missal Romano, atualmente são dadas
opções: a) pode-se cobrir as imagens ou não; b) se cobertas, mantê‑las
assim desde a tarde do sábado anterior ao V Domingo da Quaresma até ao
começo da Vigília Pascal. A rubrica é clara: “... as imagens permanecem
cobertas até ao começo da Vigília Pascal”.
___
Ref.:
Catolicismo Romano, em
http://www.catolicismoromano.com.br/content/view/1688/29/
Acesso 30/3/015
www.ofielcatolico.com.bropções: a) pode-se cobrir as imagens ou não; b) se cobertas, mantê‑las
assim desde a tarde do sábado anterior ao V Domingo da Quaresma até ao
começo da Vigília Pascal. A rubrica é clara: “... as imagens permanecem
cobertas até ao começo da Vigília Pascal”.
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Ref.:
Catolicismo Romano, em
http://www.catolicismoromano.com.br/content/view/1688/29/
Acesso 30/3/015
Domingo de Ramos ou Domingo da Paixão
O DOMINGO DA PAIXÃO ou de Ramos abre a Semana Santa e marca o início da
etapa final da Quaresma. Neste dia, a Igreja celebra a entrada triunfal
de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém, cheio de glória e de
humildade, pronto para cumprir seu Mistério Pascal.
etapa final da Quaresma. Neste dia, a Igreja celebra a entrada triunfal
de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém, cheio de glória e de
humildade, pronto para cumprir seu Mistério Pascal.
Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao Monte das
Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, dizendo-lhes: "Ide à aldeia que
aí está diante de vós e logo achareis presa uma jumenta e com ela um
jumentinho. Desprendei-a e trazei-los. E, se alguém vos disser alguma
coisa, respondei que o Senhor precisa deles". – Isto aconteceu para que
se cumprisse a Profecia de Zacarias: "Dizei à filha de Sião: 'Eis aí te
vem o teu Rei, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de
animal de carga.'" (Zc 9,9).
Indo os discípulos e tendo feito como Jesus lhes ordenara, trouxeram a
jumenta e o jumentinho, e puseram em cima deles as suas vestes, e sobre
elas Jesus montou. E o povo, tanto os que o precediam quanto os que o
seguiam, o acolheram como Rei, agitando ramos de palmeira e clamando: "Hosana ao filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!".
Com isso toda cidade de Jerusalém se agitou, e perguntavam: "Quem é
este?" E as multidões clamavam: "Este é o Profeta Jesus, de Nazaré da
Galiléia” (Mt 21,1-11).
jumenta e o jumentinho, e puseram em cima deles as suas vestes, e sobre
elas Jesus montou. E o povo, tanto os que o precediam quanto os que o
seguiam, o acolheram como Rei, agitando ramos de palmeira e clamando: "Hosana ao filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!".
Com isso toda cidade de Jerusalém se agitou, e perguntavam: "Quem é
este?" E as multidões clamavam: "Este é o Profeta Jesus, de Nazaré da
Galiléia” (Mt 21,1-11).
A Procissão de Ramos
Vem de fora e tem como ponto de partida um lugar de reunião dos fiéis,
fora da igreja. A proclamação do Evangelho conta a entrada de Jesus em
Jerusalém, e assim se inicia a procissão até o interior do templo.
Nessa procissão, a Igreja não somente comemora o santo evento do passado
e celebra com louvor e ação de graças a realidade presente, mas também
antecipa seu glorioso cumprimento final. Os ramos não devem ser jogados
fora depois da procissão, mas levados para as casas e lá guardados com
respeito ou queimados.
A cinzas, que são usadas na quarta-feira de cinzas, são feitas com os
ramos bentos deste dia, dando sequência a um costume que vem desde o
século XII.
www.ofielcatolico.com.br
ramos bentos deste dia, dando sequência a um costume que vem desde o
século XII.
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Semana Santa e Páscoa da Ressurreição do Senhor em imagens
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Cristo Ressuscitado - Antonio Vivarini (1440-1480) |
Cristo Ressuscitado aparece a Maria Madalena |
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